E posso dizer que foi um ano filho da puta. Não particularmente para mim, mas mais para as pessoas á minha volta e para o mundo.
Sim para o mundo. Porque só se alguém esteve a hibernar ou em coma em 2016, não se apercebeu na merda que foi com tanta guerra e mortes. Para as pessoas mais perto de mim também não foi um ano fácil, principalmente este final de ano.
Eu particularmente não me posso queixar apesar de ter passado estes meses finais sempre doente e com alguma mazela, ou ter passado o ano a queixar-me de trabalho e pessoas...
Ainda não foi desta que perdi os 15kg.
Ainda não foi desta que me iniciei como fotografa.
Ainda não foi desta que larguei alguns medos.
Ainda não foi desta que larguei a preguiça.
Mas fui feliz. No geral fui muito feliz. Viajei muito e amei ainda mais.
Pessoas se revelaram e perderam-se algumas pelo o caminho. E por esse caminho encontrou-se outras e descobri amizades.
Amei como ja tinha dito. E amo amar as pessoas que me amam. Desde os meus pais, sobrinho, irmã e namorado.
E ele. O meu germânico foi o melhor de 2016. E será de 2017...2018, 2019, 2020 e sempre infinito.
E mais podia eu falar de 2016. O ano em que superei o medo da estrada e comecei a conduzir outra vez pela primeira vez depois do meu grave acidente. O ano em que viajei sozinha até Londres e Amesterdão pela primeira vez. O ano em que comecei a acreditar que os sonhos se tornam realidade e o pensamento tem um grande poder.
2016 foi um misto de emoções. Mas so posso estar agradecida por tudo o que tenho.
Esta noite, a noite de passagem de ano vai ser diferente. Vou estar a trabalhar pela primeira vez desde que sou enfermeira. Vou ver a passagem do ano acompanhada por colegas, colaboradores e doentes. E sei que vou estar acompanhada e vou acompanhar em pensamento as pessoas que me são importantes. Vou passar esta a noite com a esperança de um ano melhor com muita saúde e muita sorte e amor.
Até 2017.
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