O Estranho Caso de Pipinha

Todos nós temos momentos em que por sem razão nos sentimos sozinhos. E temos momentos de pura estupidez e não pensamos que há realmente pessoas que estão mesmo sozinhas. Esquece-mo-nos que se não temos amigos temos família, ou se não temos família temos amigos, se não temos amigos temos namorado/marido, se não temos namorado/marido temos família e amigos, etc. Mas na falta de um destes elementos começamos a sentir-mo-nos sozinhos.

E mesmo tendo tudo há situações que nos fazem sentir que realmente não temos sorte nenhuma com as pessoas que nos passam na vida e fazem com que comecemos a pensar que não somos importantes, interessantes...no fundo é mais uma acha para a fogueira da baixa auto-estima.

Estava tão contente e extasiada que nem pensei que estava a ser usada e que a minha dedicação e amizade a essa pessoa não era de todo correspondido. Era quase um "estalar" de dedos e eu lá estava a apoiar...quando podia passar meses sem essa pessoa se lembrar de mim. 

No fundo o que comecei a sentir foi um abandono por parte daqueles que eu sempre apoiei. E que só se lembrou de mim porque...por descargo de consciência e porque eu é que dei o passo.
E lá está...por causa de uma pessoa pensamos que estamos sozinhos da face da terra e que ninguém gosta de nós porque não somos interessantes ou não valemos grande coisa e blá blá blá coisas de gaja.

Mas pronto. É uma sensação que passa se tivermos uma pessoa (ou pessoas) que nos ouvem e abrem-nos os olhos e realmente vemos que não estamos sozinhos de todo. E que só temos de dar valor a nós mesmos em primeiro lugar e em segundo a quem sempre esteve ao nosso lado (família ou amigos de longa data) e mesmo aqueles que apesar de não falar todos os dias manda-nos aquela mensagem com saudade e desprovido de interesse.

Mas primeiro...nós.

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