quinta-feira, 9 de abril de 2015

Há uma coisa que me tem moído a cabeça.
As pessoas no geral comigo têm sido muito solicitas, muito prestáveis e aparentemente muito dadas ao "ombro amigo". Vêm sempre com o discurso "estás à vontade para desabafar...é para isso que eu sirvo". Bom, é à vontade mas não é à vontadinha como dizia o outro. Afinal a coisa não se dá assim tão facilmente.

Uma pessoa ouve este discurso e acredita claro. Ora, ponham-se no meu lugar, se aconteceu-vos alguma coisa ou passou-vos um disparate na cabeça (que para vocês não é disparate) vocês tentam desabafar com a primeira pessoa que foi prestável nesse sentido...inicialmente. Agora o que lixa é depois ouvir (ou ler) "o que foi agora?", ou "ainda tás nisso?", ou melhor "não sei porque que te andas a moer a cabeça com isso, não ganhas nada"...

...pois. O que eu percebi do outro foi "tás a ser uma chata com a conversa", "não quero saber" ou "passas a vida a queixar-te". A primeira coisa que pensei foi mesmo que tinha mesmo que me deixar de queixar de certas coisas e pensar em coisas boas ou evitar de chatear os outros. Mas depois esse sentimento de culpa passou...porque realmente as pessoas é que manifestam interesse em que eu desabafe com elas e é isto que eu não entendo.


Afinal querem ou não que eu desabafe com elas? E se querem então porque têm estas saídas? Se as pessoas não têm paciência para as lamurias dos outros porque se manifestam tão prestáveis?

É que evitavam muita chatice, a deles e a minha. Porque para mim passa a ser chatice a dobrar porque uma pessoa já está chateada por uma coisa e agora fico chateada por duas coisas...tipo decidam-se.

Das duas uma ou dizem isto para cuscar ou porque querem tentar ser prestáveis e acabam por meter o pé na poça.

Mas isto aborrece uma pessoa e muito. Tipo...mais vale estarem calados!

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