sexta-feira, 26 de junho de 2015

"Afinal existem boas pessoas" (ou também "Tive uma sorte do cara..."

Ora eu dia 24 deste mês (não me lembro que dia da semana calhou) fui com umas colegas ao teatro no Júlio de Matos (aquele teatro imersivo "E morreram felizes para sempre") e foi qualquer coisa de espectacular mas não é sobre o teatro em si que quero falar mas sim da minha pequena aventura após o espectáculo.

Quando chegamos aos respectivos carros, comecei a saga "À procura da puta da chave do carro numa mala de gaja". Pior do que ter reparado que não tinha a chave em minha posse, foi ter reparado que ela não se tinha perdido no teatro ou no caminho mas sim que ela ainda estava na ignição do meu carro! Ya! Eu passei mais de duas horas com o carro estacionado com a chave lá dentro, só faltando uma placa no carro a dizer "ASSALTANTES ESTÃO À VONTADE....ASSALTEM-ME!". Mas há pior que isto, claro. O carro estava fechadissimo...trancadissimo...inviolável. (isto de me ter esquecido da chave la dentro tem uma justificação...é que vi as minhas colegas ao meu lado e distrai-me e tranquei o carro por dentro e sai sem chaves mas nem dei por isso).

Dito isto tive que chamar o meu pai para me ajudar (já o homem estava de culottes pronto a dormir porque passava da meia noite) mas infelizmente ele não encontrou solução. Deixei o carro lá, com risco de no dia a seguir já não estar ou assaltado ou levar uma multa (porque era zona de parque pago). As 2h ainda pesquisei por empresas que arrombassem carros mas o único que me atendeu levava nessa noite 200€(!!!) ou 100€ se fosse no dia seguinte (tendo em conta que o meu carro não vale sequer nenhum destes preços de tão fraquinho que é). Acabei por desistir e ir dormir...ou tentar. Levantei-me com as galinhas (6h) e com os nervos e ansiedade só de pensar no fim que teria o meu rico carrinho.

Lá fui com o meu pai (desgraçado do homem) procurar na zona onde estava o carro por oficinas ou bate-chapas que fizessem este tipo de serviço a preço razoável, mas como é óbvio poucos queriam colaborar com arrombamentos de carros porque é uma chatice (envolveria policia e identificações e horas perdidas). O único que ficamos a saber que fazia esse tipo de trabalho nem sequer estava na garagem e nem sabíamos as horas que voltava (tendo em conta que ia trabalhar a tarde e precisava do carro). Resumindo, fomos ao carro ver se ainda lá estava depois dessa noite. E lá estava ele, imaculado, sem multas e com a chave na ignição.

Já estava por tudo. Só queria o carro de volta. Era vidro que se tinha partir...então força. E no momento em que estávamos na luta mental sobre o que faríamos (e tentar abrir o carro ao mesmo tempo), surgiu um senhor com uma jovem que tinham estacionado no parque e viram a nossa aflição. Vieram ter connosco e o senhor acabou por tentar dar outras ideias...mas para além de novas ideias o senhor ajudou mesmo a abrir o carro. E com a ajuda de um simples arame ele conseguiu abrir o carro sem o danificar ou partir nada!! AAALELUIAAAA !!!

No meio do meu azar e da minha azelhice tive uma sorte que nem imaginam. Prova viva que ainda há esperança na boa vontade das pessoas porque o senhor não cobrou nada e recusou qualquer tipo de pagamento nosso pois só estava a levar a filha a uma consulta e nem sequer era de Lisboa. Encontramos o senhor na hora certa!

Agora voces perguntam: "Então e as chaves suplentes?"
Pois, realmente teriam resolvido toda esta confusão se eu as tivesse!! Mas não. Ficaram algures perdidas no tempo e no espaço em casa do meu ex. Mais não preciso de dizer.

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